Merry Late X-Mas.
Caso estejam estranhando: sim, eu deletei vários posts. Cheguei à conclusão que (mais da) metade deles não fazia sentido e eu não estava muito feliz com eles.
É incrível como eu perco muito tempo fazendo basicamente nada nas férias e nem venho escrever nada. O que me trouxe aqui hoje foi um post de um grupo meu no facebook, onde um amigo de um amigo meu (mesmo, de verdade) compartilhou o link do blog dele, e isso me lembrou que, uau, eu também tenho um blog.
Mas indo ao ponto deste post, Feliz Natal (atrasado)!
Apesar de ser Budista e não comemorarmos o Natal aqui em casa há alguns anos, eu sempre gostei muito do clima natalino. As luzinhas, as árvores, e até os presentes - apesar de vários amigos meus repugnarem o Natal, alegando que a data tem se tornado cada vez mais capitalista.
Sobre o assunto, tenho dois pontos a comentar:
(1) No budismo, muitas vezes quando comentamos sobre datas católicas somos repreendidos de alguma forma, por menor que seja. Em sua maioria, recebemos apenas olhares e silêncio antes de mudarem de assunto, e por vezes há pedidos para que não se realizem práticas hereges.
Talvez eu seja um pouco herege, sim. Afinal, o Natal é, de fato, uma data extremamente ligada ao catolicismo. Mas também acredito que somos reflexo de nossa sociedade, que historicamente recebeu influência enorme do catolicismo, de tal modo que certas datas (como o Natal e a Páscoa, em especial) tornaram-se mais culturais do que religiosas.
Assim sendo, não vejo problema algum em budistas, xintoístas, ateus ou qualquer outro adepto de qualquer outra religião comemorar, de certo modo, tais datas. Na verdade, vejo que tanta preocupação com o assunto revela apenas a dúvida que a própria pessoa possui em suas convicções.
(2) O Natal é, atualmente, uma das datas mais capitalistas mundialmente. Já ouvi diversas pessoas argumentando sobre isso, e algumas até repugnando a data por essa razão.
De fato, as pessoas compram mais presentes no Natal do que em qualquer outra época do ano. Diferentemente da Páscoa, nem sempre o presente é um ovo de chocolate de R$40, quando chega a este preço. Não, o Natal traz esse espírito generoso de dar presentes valiosos, gastar dinheiro futilmente para puxar o saco das pessoas que temos de lidar no dia-a-dia, certo?!
Errado.
Acredito que ainda há gente generosa o suficiente para comprar algo para os outros (em geral familiares e conhecidos próximos) para simplesmente fazê-los felizes. Sim, já me chamaram de Poliana e de ingênua, obrigada. E desculpe se prefiro acreditar nas pessoas.
Sinceramente, concordo até certo ponto com o argumento do Natal ser uma data capitalizada atualmente. Por que outra razão as lojas ficariam abertas até meia noite?! Acontece que há certa euforia também nos dias dos Pais, das Mães, dos Namorados, da Páscoa. Só porque no Natal temos que comprar mais para mais gente ele deve ser repudiado?!
Reclamar de presente de aniversário, eu ainda não vi.
Enfim,
Feliz Natal e até 2013.